Cerca de 600 hectares da Herdade do Couto da Várzea, propriedade do Ministério da Agricultura, no Concelho de Idanha-a-Nova, vão ser transformados numa Incubadora de Empresas de Base Rural.
O protocolo, que envolve a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e o Instituto Politécnico de Castelo Branco foi assinado quarta-feira, nas Termas de Monfortinho. Este é, segundo Rui Moreira, director da Direcção Regional, «um projecto inédito a nível nacional que visa disponibilizar, consoante as necessidades, parcelas de terreno a jovens agricultores para desenvolverem os seus projectos».
A Direcção Regional disponibiliza o terreno à autarquia mediante o pagamento de uma renda a estipular entre estas entidades, e os jovens agricultores podem, depois de aberto o concurso público, candidatar os seus projectos. Os requisitos essenciais para estas candidaturas são os potenciais empresários serem jovens e os seus projectos criarem emprego. «Esperemos que passe pela Herdade uma primeira geração de jovens empresários, que vingue e dê lugar a uma segunda geração. Queremos que a Incubadora seja um alfobre de novos empresários», afirma Rui Moreira. Desta forma, Álvaro Rocha, presidente da autarquia idanhense, propõe à Direcção Regional a rentabilização de terrenos que há dois anos estão incultos, numa Herdade onde apenas tem funcionado o Centro Nacional de Formação da Autoridade Nacional de Segurança Alimentar (ASAE). «Este é um protocolo que pode trazer uma nova dinâmica a uma região com uma raíz agrícola muito forte e num concelho que já viveu exclusivamente da Agricultura», sublinha Álvaro Rocha. Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco garantiu que com a colaboração desta instituição a formação e qualificação dos agricultores estará assegurada, bem como todo o apoio científico e técnico da Escola Superior Agrária. Fonte: Maria João de Almeida |