Portugal
D. Henrique, Tomar e os Descobrimentos
A figura do infante D. Henrique, o Navegador, está fortemente ligada a Tomar.
Postal ilustrado. Década de 60 do século XX.
O infante precisava de recursos para continuar os Descobrimentos. Foi então que o rei D. João I, seu pai, o nomeou Governador da Ordem de Cristo (1420). Foi com os bens da Ordem que o Infante financiou a descoberta do Mundo e as caravelas portuguesas levaram a cruz de Cristo a todos os continentes.
No castelo, entre a Charola e a torre de Menagem, mandou construir o seu paço. Ao que dele ainda resta, continua a chamar-se o Paço do Infante.
Paço do Infante, durante uma escavação arqueológica,
nos anos 80 do século XX.
É com D. Henrique, entre 1420 e 1460, que o Convento de Cristo nasce, dentro das muralhas do castelo templário.
Para serviço dos freires da Ordem, o infante manda construir os claustros do Cemitério e da Lavagem.
Claustro da Lavagem e do Cemitério, este já encostado à Charola,
a torre-igreja do castelo dos Templários.
Claustro da Lavagem.
Para saberes mais sobre o Claustro da Lavagem clica aqui
Claustro do Cemitério
Para saberes mais sobre o Claustro do Cemitério clica aqui
Neste período, D. Henrique deu um enorme contributo para desenvolvimento de Tomar. Ao mandar afundar o leito do Nabão, junto à ilha do Mouchão, o infante ganhou os terrenos ocupados pelas margens pantanosas.
A povoação ocupou este novo espaço e cresceu. Nasce então a rua Direita da Várzea Pequena, atual rua Silva Magalhães.
Nesta casa da antiga rua Direita da Várzea Pequena terá vivido, no século XVI,
João de Castilho, o arquiteto que mais obra deixou no convento de Cristo.
Atraída pelo desenvolvimento henriquino, a comunidade judaica aumentou. Aqui tinham a sua Judiaria, durante a noite encerrada por grandes portões (atual rua Dr. Joaquim Jacinto).
Gozavam da protecção de D. Henrique que lhes autorizou a construção de uma sinagoga, o único templo judaico da Idade Média portuguesa que chegou aos nossos dias.
Entrada original da sala de oração dos homens
Sinagoga, século XV
Para saberes mais sobre a sinagoga clica aqui
Certamente já reparaste nos grandes arcos de pedra junto à Rotunda, os Estáus. Este nome vem da antiga palavra ?hostáo?, usada pelos portugueses do século XV usavam para designar uma hospedaria, estalagem ou sítio para dormir. Ainda hoje os espanhóis dizem hostál.
Os Estáus eram uma grande estalagem que o Infante mandou construir, para alojar os nobres e funcionários ao seu serviço que aqui se deslocavam, mas também os mercadores que cá vinham comprar e vender. A qualidade da comida e dos aposentos não era igual para todos, variava de conforme a condição social dos hóspedes.
Reconstituição do arquiteto Mota Lima.
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